And it feels like home.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Unique

Procurando entender, ainda que sem saber o que e mesmo que pela não-concreta sensação, a adrenalina embutida nessa necessidade de entrar e fazer parte.
Sem esquecer de fincar antes de sair.
Como um ponto de recordação, um estímulo, que desperta uma ligação já eternizada. Com um próprio número de série.
Gosto da idéia de virar história.
Se é o que instiga a vontade ou é a vontade que instiga. Uma confusão sentimental e barulhenta da bomba que se apaixona sozinha.
Seja por unicidade ou originalidade. Seja ciumenta.
Quero uma porta certa, com número de série. Se não existir ou não puder fabricar, prefiro continuar olhando da janela. Não me importa se é da frente ou dos fundos, só preciso que seja minha.
Um código de barras, chip ou assinatura. E até mesmo que não seja meu, desde que me tenha em parte.
Hoje o sol se despediu e eu esqueci todas as velas. No escuro de fora procuro uma fresta única que convide meu silêncio pra um filme no sofá.
E procuro.
Joguei fora a permissão e devolvi todas as chaves, já não vejo graça em levantar da cama sem ficar pro café.
Ah se eu encontrasse essa singularidade à dois...

Me chamaria pro jantar e eu ficaria a vida toda.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Coração de pedra mole...



Ela: - Será que nunca?


Ele: - Um dia. Nunca é definitivo demais.


Ela: - Mas é uma forte sensação.


Ele: - Somos muito novos.


Ela: - Mas eles já não são.


Ele: - É.


Ela: - Queria ter certeza.


Ele: - Gosto de pensar que sim.


Ela: - Já não gosto de pensar.




terça-feira, 7 de setembro de 2010

A culpa é da bagunça.

Talvez os livros tomados, as conversas bebidas, ou a falta dos cigarros. Essa bagunça diúrna de uma noite em claro.
A culpa é da clareza e da sua nitidez.
Esse vício da sobriedade que minha loucura vem tentando sustentar.
Noite passada te vi em claro, de olhos fechados.
Essa noite, te espero no frio.
Pra que você des-culpe, essa minha bagunça.