And it feels like home.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Last Christmas.


é bonito de ver.

essas surpresas da vida.

nossos cursos e discursos.

esses caminhos tortos cruzados e tantas vezes desviados.

seria um tanto tedioso ser responsável por redigir esse roteiro.

ser criador dos próprios sonhos.

ficar eternamente preso ao previsível.

mas ainda sim, sinto saudade.

nao me encontro na vontade de reviver.

muito menos de insistir na mesma lágrima.

sou do tipo que ainda acredita em ciclos.

mas confesso que a saudade volta e meia aparece por aqui.

seja dos tempos, amores, lugares.

ou seja apenas pra não deixar morrer.


sabe, poucas coisas nessa vida eu faria diferente.

mas eu sei que algumas teriam sido lindas,

se ao menos tivessem sido.


na beira da praia.


foi onde começamos, criamos, vivemos.

dividimos. compartilhamos. tantos momentos.

risadas largas, beijos musicados, a afeição pelo livre.

nossa vontade sempre à vontade.

e como foi bom,

como se fez parte.


hoje a noite abraçou nosso velho cenário.

o barulho das ondas, o reencontro nos olhos,

a memoria da pele e nossas notas quentes, tão cheias de lembranças.

tão cheias de nós.

ai como eu amo esse amor que não cabe.

e que lembra.


um tanto muito.

um tanto nosso.

um tanto todo.


como eu amo esse amor que não cabe.

e quanto...


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

ao seu lado.


quanto mais se tenta mais se perde.

quanto mais se usa mais se gosta.

sapatos, assuntos, santos, amores.

um olhar de lado, um abraço torto, uma vontade esquerda.

eu quero.

um amanhã quem sabe, um talvez depois, um amor agora, um completo em dois.

amanhã é dia de aplaudir ao seu lado, sufocar parada, esperar sentada.

o dia que o mundo explodir, me lembra de te dizer que o tempo pára.

e que até a lua apaga.

me lembra.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ai ai, essa falta de vontade...


Você tem fogo?

Eu preciso queimar a noite.

Escolher um dom,

Repetir o tom,

Me deitar ao lado.

Me deixa apagar a luz?

Escolher o menor acorde.

Pra queimar o céu,

Ler um som no tempo,

Escutar o vento,

Sem gritar - Calado!


Na pele de gelo.

Uma pausa da vida.

Não derreto, não derrapo.

Uma gota só, queima.

Um sopro só, marca.

Não me deixo, não me escapo.

Um amor de caixinha.

Uma ternura involuntária.

Na memória do toque.

Me perco. E não acho.


Você tem fogo?

Eu preciso queimar a noite.