And it feels like home.

domingo, 4 de abril de 2010

A corrida pra casa

O cheiro do asfalto molhado, parado, testemunhando passivo a sua decisão.
A maneira que você olha, diz, pensa, aceita. Rejeita.
O barulho da porta do carro batendo e da chuva abafada no vidro já indo embora também.
Sua intenção de fazer o mal sem precisar ser. De me fazer e ao mesmo tempo não deixar existir.
É como um choque de simultaneidade, uma viagem. De ida e volta. Um só céu e inferno.
Nosso Infinito e só.
Me deparo nos nossos lugares que acabam tão seus. Aquela mania de querer reviver. De querer tentar. De não deixar morrer. Em vão.
Uma esperança que mantém aquela possibilidade de um nós dois. A ilusão de que um dia vamos aterrizar e chegar num lugar concreto. Deserto.
O poder de uma definição. Seja do lado de cá ou de lá, mas seja um sim ou seja um não. Que tenha ponto. Limite.
Que seja e só.
O pior é que onde quer que eu esteja. Na chuva, no molhado, na areia ou naquele asfalto, você sempre aparece pra mim. É dificil tirar da cabeça aquilo que se acende sobre ela.
E que persegue. Assusta. E sempre surge.
Que brilha.
E não só.

3 comentários:

  1. Marcella excelente texto :) Você q escreveu ?
    Exatamente esse sentimento descrito q sinto!

    Bjus !
    até o próximo !

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  2. Gostei do seus textos. Por que não continua escrevendo? :) Beijos

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